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Brasil e Estados Unidos eliminam entraves comerciais

“Nós tivemos avanços significativos nas relações entre Brasil e Estados Unidos envolvendo os biocombustíveis, forçadas principalmente pela conjuntura. Em 2007, foi assinado um acordo entre os dois países para pesquisa e desenvolvimento de um biocombustível de aviação. O acordo não teve grandes progressos, mas foi devido à crise financeira que os EUA vêem enfrentando desde 2008.” A avaliação é de Michael Rinelli, gerente de novos negócios do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira).

Entre os avanços enumerados pelo executivo do CTC está a eliminação de subsídios e tarifas. “Chegamos a uma espécie de mercado livre entre os dois países”, disse Rinelli, durante o painel “Brasil-Estados Unidos: Oportunidades e Obstáculos para a Cooperação em Biocombustíveis”, realizada na tarde do dia 28 de junho no Ethanol Summit 2013.

O painel contou também com a participação de André Moura, gerente de Exportação de Etanol da BP; Dennis Hankins, cônsul-geral dos EUA em São Paulo; João Alberto Abreu, diretor de Tecnologia e Bioenergia da Raízen; e José Goldemberg, físico da USP e ex-ministro do Meio Ambiente. Brad Addington, editor Senior de Mercado da OPIS, atuou como moderador. 

Concordando com Rinelli na questão de tarifas e subsídios, o cônsul Hankins lembrou que um dos entraves nas relações entre os países, hoje, é de como incentivar o consumo de etanol nos EUA. “O diálogo mudou. Agora, em biocombustíveis a conversa é de cooperação e não de competição”, disse.

No ano passado, os EUA suspenderam a tarifa de importação de etanol do Brasil, que taxava as compras externas com US$ 0,54 por galão de etanol. O país já eliminou, também, os subsídios que ofereciam US$ 0,45 por galão de etanol misturado à gasolina. O Brasil, em contrapartida, baixou para zero a tarifa de importação de etanol dos EUA, que era de 20%.

O professor Goldemberg afirmou que, para que o etanol atenda a demanda americana de cumprir o mandato de elevar a adição de 10% para 15% de etanol à gasolina, a área plantada com produtos destinados ao biocombustível terá de ser ampliada. “E os EUA não têm condições de expandir a área, mas no Brasil ela pode crescer”, disse. Segundo ele, para cumprir todos os mandatos estabelecidos por países para adição de etanol à gasolina com vistas è redução de emissão de gases poluentes até 2020, será necessário que o Brasil acrescente 24 bilhões de litros à sua produção anual, enquanto os EUA devem acrescentar 80 bilhões de litros. “Somando todos os países, teremos 138 bilhões de litros de demanda por etanol a mais até 2020, ou o equivalente a uma área de 25 milhões de hectares de área plantada.”

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