O software que revolucionou o mercado

A Magneti Marelli, uma das maiores fabricantes de sistemas e componentes automotivos do mundo, criou, há 10 anos, o software que possibilitou o desenvolvimento da tecnologia flex no mercado brasileiro. Trata-se do Software Flexfuel Sensor (SFS®) instalado de forma pioneira, em 2003, no Volkswagen Gol TotalFlex.

A patente da Magneti Marelli define um mecanismo para o ajuste automático do motor veicular, que pode ser alimentado por gasolina, mistura de gasolina e etanol ou, simplesmente, etanol. A seleção do combustível é feita pelo SFS®, baseado no sistema de controle de um motor convencional. Este mecanismo detecta os gases provenientes da queima do combustível para inferir na variação da mistura.

Por conta desse trabalho inovador, totalmente desenvolvido no Brasil, Fernando Damasceno, diretor de produtos da empresa, será um dos sete homenageados como “Pioneiros do Carro Flex” na Cerimônia de Encerramento do Ethanol Summit 2013. O evento, promovido no Brasil desde 2007 pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), acontece nos dias 27 e 28 de junho no Grand Hyatt Hotel em São Paulo.

“A homenagem é mais do que devida, já que Damasceno trabalhou intensamente no desenvolvimento e na divulgação desse software, principalmente junto às montadoras que inicialmente estavam em dúvida se iam ou não aderir a esse novo conceito de veículo,” enfatiza Adhemar Altieri, diretor de Comunicação Corporativa da UNICA e organizador do Summit. Para ele, ao desenvolver esse sistema, a empresa acabou criando uma forma decisiva para a popularização do flex no Brasil, uma vez que houve um natural barateamento no custo final dos veículos flex.

Hoje, o SFS® está presente em 40% dos veículos Flex no mercado nacional. A principal vantagem desses veículos é a liberdade de escolha do combustível na hora do abastecimento. As últimas gerações de veículos flex desenvolvidas pela Magneti Marelli contam com sistema on-line para o registro de toda a quantidade de etanol e gasolina consumida pelo veículo, e o mais importante: a quantidade de dióxido de carbono (CO2) que o automóvel deixou de liberar na atmosfera. O Flex-fuel, nos moldes atuais, teve participação fundamental da Magneti Marelli que desenvolveu um sistema totalmente creditado à equipe brasileira de Damasceno.

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