O pesquisador por trás do carro flex

Considerado um dos mais importantes pesquisadores e divulgadores do sistema Flex no Brasil, o professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Francisco Nigro, que também atuou durante muitos anos no laboratório de motores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), será um dos homenageados no Ethanol Summit 2013. Nigro foi selecionado por um comitê de conselheiros da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) entre os “Pioneiros do Carro Flex,” um grupo de pessoas fundamentais para que o Flex virasse realidade no Brasil.

O décimo aniversário da introdução da tecnologia Flex no País será um dos principais temas da edição de 2013 do Summit, hoje considerado um dos principais eventos do mundo com foco nas energias renováveis. O evento está marcado para os dias 27 e 28 de junho no Grand Hyatt Hotel de São Paulo e é organizado a cada dois anos pela UNICA.

Durante o processo de desenvolvimento da tecnologia flex, além de estudar as questões mecânicas desses veículos, Nigro participou fortemente de discussões sobre o tema.  Foi assim que o cientista organizou, por exemplo, com o IPT, um seminário que reuniu representantes dos governos federal e estadual, além de montadoras que inicialmente tinham restrições à tecnologia. Em eventos como esse foi possível demonstrar a vários públicos o motor flex como solução viável para o mercado brasileiro.

No que concerne ao etanol, a biografia de Nigro mostra o quanto o pesquisador teve uma visão objetiva e até nacionalista sobre o assunto, mas não ufanista sobre o carro Flex, num momento em que havia muita desconfiança sobre a tecnologia. Sua participação nesse processo, e de outros pesquisadores, foi decisiva para que o assunto tomasse um rumo positivo nas esferas governamentais e no setor produtivo do etanol.

Em outras palavras, era necessário mostrar que o carro flex era competitivo, além de uma boa opção tecnológica, e o pesquisador da USP não apenas validou o conceito como também a tecnologia. O esforço ajudou no convencimento tanto das montadoras quanto do consumidor.

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