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Parlamentar europeia estuda campanha em prol do etanol brasileiro na Europa

A deputada do Parlamento Europeu pela Dinamarca, Britta Thomsen, pretende liderar uma campanha na Europa em prol do etanol brasileiro. A afirmação foi feita na sexta-feira (28), último dia do Ethanol Summit, evento que reuniu lideranças empresariais e autoridades governamentais brasileiras e internacionais para debater os desafios do setor sucroenergético. A posição da deputada é de grande importância, uma vez que ela participou ativamente da elaboração da lei aprovada em 2009 pelo Parlamento Europeu que determina a certificação ambiental e social dos biocombustíveis no bloco, que deverá expandir para 10% a participação das energias renováveis no sistema de transporte até 2020.

“Eu gostaria de fazer uma campanha para convencer as pessoas na Europa da realidade da cana-de-açúcar no Brasil sob o ponto de vista ambiental. E qual é essa realidade? Baixa emissão de CO2 e boa exploração da terra, que não é a Amazônia. É difícil explicar e convencer as pessoas na Europa disso. E precisamos colocar na mesa os fatos,” afirma. “Eu gostaria de ver os europeus desenvolvendo tecnologia com os brasileiros. O Brasil é um modelo para os outros países,” disse a deputada, que tem uma ligação especial com o setor de açúcar, uma vez que sua avó deixou a Polônia para trabalhar em campos de beterraba no sul da Dinamarca.

Ela reconhece os avanços das companhias brasileiras na modernização e melhoria das condições de trabalho em canaviais pelo interior do País. “O diálogo que eu tive com todos do setor - parceiros, fornecedores, sindicatos laborais - aponta para um ambiente muito moderno.” Segundo ela, hoje com a crise na Europa cresce o trabalho forçado, enquanto essa condição está se reduzindo no Brasil. “O Brasil está se modernizando,” afirmou.

Antes de participar do Ethanol Summit, a parlamentar visitou na quarta-feira (26) a usina de processamento de cana São Manoel, na cidade de São Manuel, em São Paulo. Sua visita foi acompanhada por Géraldine Kutas, assessora sênior da Presidência da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) para Assuntos Internacionais e Maria Luiza Barbosa, gerente de Responsabilidade Social Corporativa da UNICA.

A Usina São Manoel foi escolhida para a visita por desenvolver um programa para minimizar os impactos ambientais em seu processo produtivo, com a reutilização da água, eliminação gradual do uso do fogo na colheita, produção de sua própria energia com base no bagaço da cana nos períodos de safra, além de manter 3,7 mil hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs). A São Manoel é ainda signatária do Pacto Global, iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) para garantir direitos fundamentais nas áreas de meio ambiente e trabalho.

Após a visita, Thomsen afirmou que a São Manoel não é uma ilha de excelência no Brasil, mas um retrato de como o setor está se modernizando no País. “A Europa está muito dependente da gasolina do Oriente Médio. Por que não usar o biocombustível do Brasil ao invés de um produto que vem de ditaduras, de países instáveis, com guerra? A dependência deveria ser favorável ao Brasil.”

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