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Para Onde Caminham os biocombustíveis até 2020?

Brasileiros e americanos super estimam suas capacidades de consumo e produção, esquecendo de projetar mercados futuros. Foi o que afirmou o vice-presidente da Amyris, Joel Velasco durante a primeira plenária do Ethanol Summit 2013, intitulada: "Cenários 2020: Para Onde Caminham os Biocombustíveis?", realizada na manhã da quinta-feira (27/06).

“Estudos mostram que daqui alguns anos, o consumo de biocombustíveis não deve sofrer grandes mudanças nos dois países, ao contrário, a tendência é que haja um declínio. Em compensação, na Ásia, até o final da década, 1 bilhão de pessoas farão parte da classe média, o que deve impactar na demanda por energia, alimentos, entre outras coisas. E a cana onde entra nisso? O etanol de cana é o futuro, mas para tanto, a indústria precisa ter uma ambição tecnológica,” explicou o representante da Amyris.

Para o ex-secretário do Comércio dos Estados Unidos, Carlos Gutierrez, o seu país não representa necessariamente um obstáculo para o Brasil, quando se fala em etanol. Segundo ele, apesar dos americanos terem a maior produção, poucos investimentos foram feitos em infraestrutura nos postos de abastecimento, o que poderia garantir uma maior rentabilidade do produto no país. Para Gutierrez, o que deve denotar certo cuidado da indústria da cana brasileira, é o atual “boom” dado pelos americanos na exploração de gás natural, apontado como provável concorrente dos biomcombustíveis. “Se todas as medidas previstas forem colocadas em prática, vislumbro frotas de caminhões usando esta nova fonte energética. O seu valor é muito mais estimulante economicamente do que o etanol,” destacou Gutierrez.

A diretora-geral do departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores, Mariangela Rebuá, destacou a previsão de consumo para o ano de 2020 no Brasil, que apesar de modesta, indica um aumento dobrado do biocombustível de cana. “Apesar de não ser exatamente o percentual que o setor precisa, deve aumentar. Mas para tanto, é preciso novas tecnologias. E temos grandes institutos, empresas por aqui que podem fazer isso,” afirmou.

Em resposta ao posicionamento de Rebuá, o diretor Geral da Syngenta para a América Latina, Antonio Carlos Guimarães, falou sobre os investimentos da empresa em produtos que devem contribuir com o agronegócio. O diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), Adriano Pires, concluiu sua apresentação afirmando que para uma ampliação da oferta ou uma concorrência mais igualitária do combustível extraído dos canaviais com os demais, existe a necessidade de políticas públicas claras de longo prazo no Brasil.

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