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Potencial da bioeletricidade é debatido no Ethanol Summit 2013

“A energia primária da cana-de-açúcar é semelhante à do petróleo. É uma pena não usarmos mais a energia da cana,” disse o pesquisador do Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio), José Moreira, na abertura do painel “Eliminando Entraves: Como Avançar com a Bioeletricidade,” realizado no primeiro dia do Ethanol Summit 2013. 

“O Brasil tem tradição no uso da energia da biomassa e perde apenas para os Estados Unidos e a Alemanha, sendo que dois terços dessa energia vêm da cana. Precisamos encontrar uma maneira eficaz de elevar a utilização da capacidade de geração das usinas para compensarmos os investimentos,” avaliou o pesquisador.

Participaram também do painel o especialista em Tecnologia Agroindustrial do CTC, Hélcio Lamônica; o secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal; o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim; e o diretor de mercado da CPFL Energia, Paulo Javorsky; com moderação do gerente de bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Zilmar de Souza.

Javorsky lembrou que a CPFL é pioneira na conexão do sistema de distribuição de energia com os produtores de bioeletricidade.  “Hoje somos um dos maiores compradores de bioenergia para venda no mercado livre do País,” afirmou.

Tolmasquim disse que o Brasil tem um potencial “enorme” de geração de energia a partir do bagaço e da palha da cana, podendo chegar a 17 mil MW em 2020. “Temos, em 2013, 10 mil MW de capacidade instalada. É mais que uma Belo Monte, algo bastante significativo”, afirmou. 

O presidente da EPE destacou ainda que a energia exportada pelas usinas para o sistema elétrico tem crescido a uma taxa de 11% ao ano, mas disse que, para eliminar os entraves, os produtores têm de garantir a entrega física do que tem sido contratado. “Isso se tornou um elemento de risco. Cerca de 33% das usinas entregaram menos de 10% do que foi contratado. Precisamos de mecanismos para garantir essa entrega”, criticou.

O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, lembrou que uma lei estadual determina que em 2020 as emissões de CO2 no Estado sejam equivalentes às de 2005 menos 5%. Para cumprir as determinações da lei, os desafios são elevar a geração de energia por parte do setor sucroenergético.

Pelas contas de Aníbal, da matriz energética do Estado hoje, 55,5%, dado de 2010, provêm de fontes renováveis. “Em função da lei, esse percentual subirá para 69% em 2020,” prevê. Só a energia proveniente da cana deve elevar sua participação de 33% do total da matriz para 46%, enquanto petróleo e derivados terão de reduzir sua participação de 36% para 20%. “São bons desafios,” finaliza.

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