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UNICA prepara homenagem a sete “Pioneiros do Carro Flex”

Uma das atrações da Cerimônia de Encerramento do Ethanol Summit 2013, no final da tarde do dia 28 de junho no Grand Hyatt Hotel em São Paulo, será uma homenagem da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) a sete “Pioneiros do Carro Flex”. São sete nomes que contribuíram decisivamente para a criação e implantação dessa tecnologia no mercado brasileiro em 2003. Os nomes foram selecionados por um comitê do Conselho Deliberativo da UNICA.

“Cada um dos homenageados teve uma participação diferente nesse processo, mas juntos foram fundamentais para que o carro flex se tornasse realidade no Brasil, provocando mudanças significativas na indústria automobilística e no setor sucroenergético," enfatiza Adhemar Altieri, diretor de Comunicação Corporativa da UNICA e organizador do Summit.

A homenagem reforça a importância atribuida pelo Ethanol Summit 2013 ao 10o aniversário da introdução do carro flex no Brasil, ação definida e implementada no âmbito do setor privado, que provocou um verdadeiro renascimento na produção e uso do etanol no País. Os impactos para a indústria automotiva nacional também foram profundos - o carro flex hoje responde por quase 90% das vendas de veículos leves no Brasil. 

A cerimônia de enceramento contará também com a participação do deputado estadual Samuel Moreira, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo; de João Guilherme Ometto, vice-presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) e de Elisabeth Farina, presidente executiva da UNICA, que fará as considerações finais do evento.

Confira quem são os 'Pioneiros do Carro Flex':

Dois ministros, dois governos – Marcus Vinícius Pratini de Moraes e Roberto Rodrigues, ministros da Agricultura dos governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, respectivamente, trabalharam de diferentes formas para o sucesso do Flex. Moraes contribuiu para que o governo tomasse as primeiras decisões que incentivaram a produção e utilização dos motores flex. No entender de Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da UNICA, o grande mérito do ex-ministro foi acompanhar de perto as principais necessidades e reivindicações do setor sucroenergético na época, trabalhando por elas internamente no governo. Já Rodrigues ficou muito conhecido pela agenda positiva que, durante anos, dedicou ao tema. Ao lado do presidente Lula, o então ministro da Agricultura acompanhou a introdução do carro flex no mercado, sempre se posicionando a favor do projeto e do próprio setor, dentro e fora do País.

As empresas precursoras – Na Bosch, primeira empresa a trazer o conceito do carro flex para o Brasil, na década de 1990, a atuação de Besaliel Botelho, que hoje ocupa o cargo de presidente para a América Latina, foi fundamental na mudança do cenário brasileiro para a aceitação do sistema Flex. O executivo atuou de diversas formas no desenvolvimento da tecnologia. “Interessante é que esse esforço de Botelho aconteceu exatamente no momento em que o mercado não estava bom para o etanol e para os carros movidos a esse combustível,” diz Altieri. Numa outra ponta, Fernando Damasceno, executivo da Magneti Marelli, uma das maiores fabricantes de sistemas e componentes automotivos, criou, há 10 anos, o software que possibilitou o desenvolvimento da tecnologia flex no mercado brasileiro. Trata-se do Software Flexfuel Sensor (SFS®) instalado de forma pioneira, em 2003, no Volkswagen Gol TotalFlex. Damasceno trabalhou intensamente no desenvolvimento e na divulgação desse software, principalmente junto às montadoras que inicialmente estavam em dúvida se iam ou não aderir a esse novo conceito de veículo. Ao desenvolver esse sistema, a empresa acabou criando uma forma decisiva para a popularização do flex no Brasil, uma vez que houve um natural barateamento no custo final dos veículos flex. 

O executivo e a montadora pioneira – Entre as montadoras que se encontravam no País há décadas, a participação da Volskswagen e em particular do executivo Henri Joseph Jr, atual gerente do Laboratório de Emissões e Testes de Motores da Volkswagen, foi fundamental para a aceitação desse novo conceito de veículo no Brasil. O seu trabalho na montadora fez com que ela decidisse investir no lançamento do primeiro veículo flex no Brasil, o Gol, em 2003. “Sempre entendi que os motores flex são a evolução dos carros movidos a etanol, tecnologia da qual participei também da implantação”, diz. Depois da Volkswagen, o executivo trabalhou internamente na Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), onde hoje ocupa uma das vice-presidências, para que a entidade apoiasse esse novo conceito de motor, o que ajudou, e muito, na aceitação geral da ideia. 

O pesquisador por trás do flex – Considerado um importante estudioso e divulgador dentro e fora da academia sobre o sistema Flex no Brasil, o professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Francisco Nigro, também atuou durante muitos anos no laboratório de motores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). Durante o processo de desenvolvimento da tecnologia flex, além de estudar as questões mecânicas desses veículos, Nigro participou de ações de discussão e divulgação do tema. Foi assim que o pesquisador conseguiu demonstrar a vários públicos o motor flex como uma solução viável para o mercado. Sua participação nesse processo, e de outros pesquisadores, certamente foi decisiva para que o assunto tomasse um rumo positivo nas esferas governamentais e no setor produtivo do etanol. Em outras palavras, era necessário mostrar que o carro flex era competitivo, além de uma boa opção tecnológica, e o pesquisador da USP não apenas validou o conceito como também a tecnologia, o que, certamente, ajudou no convencimento tanto das montadoras quanto do consumidor.

Precursor na mudança da mentalidade – Presidente da UNICA entre 2000 e 2007, o economista Eduardo de Carvalho comandou um momento de protagonismo da entidade no período de implantação do carro flex no Brasil, com todas as incertezas e indefinições daqueles anos. No entender de Alfred Szwarc, consultor de Emissões e Tecnologia da entidade, sem dúvida Carvalho foi precursor no trabalho de mudança de mentalidade dentro da própria entidade, que no início parecia reticente quanto a uma novidade que revolucionaria alguns mercados. “No segundo momento, como a UNICA é uma instituição representativa do setor, a ideia foi ‘vendida’ para as associadas, pois era necessário viabilizar esse novo conceito em outros segmentos do País”, enfatiza Szwarc. Essa ação fortaleceu os trabalhos nas esferas governamentais, de forma que foi possível equiparar o ICMS do carro flex – nos Estados líderes – com o do carro a álcool, que já era menor, assim como o IPI na esfera federal.

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